segunda-feira, 13 de outubro de 2014

90 minutos sem “ses” …

É um tema que claramente sai ao género, do que eu escrevo aqui no blog. Mas hoje aqui a dona do “estaminé” deu-lhe para isto. Se não querem ter assim um momento de epifania óbvia aconselho a não irem ver o filme Aproveita a Vida Henry Altmann”.

É impossível ver aquele filme sem levar uma chapada de luva branca, que nos acorda para a realidade. Nascemos com um prazo de validade, que desconhecemos por completo. Vivemos felizes e contentes, adiamos decisões, tememos a mudança e quando nos arrependemos de algo … podemos ter só “90 minutos”.

Ver aquele filme numa semana de decisões e de mudança (esperemos para melhor) na minha vida … agudizou a vontade de continuar a caminhar sob o fio do arame.

Eu sei que pode parecer de loucos, mas quando decido alterar algo na minha vida, raramente (para não dizer nunca) volto atrás. Tenho a perseverança de um burro teimoso e uma resiliência inabalável. Mas, tal como a maioria das pessoas, não deixo de temer as “vertigens” de andar sob o fio da mudança. Aquela sensação de novidade é desafiante e avassaladora.

Se só tiver 90 minutos tenho a certeza absoluta que quero olhar para trás sem arrependimentos. Gastar os últimos 90 minutos com quem mais amo sem “ses” … quero ser a louca que viveu no fio da navalha, que caiu e se levantou, aprendeu com os erros e as vitórias. Não quero reparar danos, quero usufruir do que criei à minha volta na sua total plenitude e sem pressas.

2 comentários:

  1. Por falar em parar e arranjar tempo, quero taaaanto ir ao cinema...

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    1. Estas últimas semanas estrearam bons filmes … e na quinta estreia “Fúria” que promete ser um filme excecional. Temos de criar um “buraquinho" na agenda! :)

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