sábado, 7 de fevereiro de 2015

O Meu Nome é Alice

Se pensam que é o típico filme repleto de clichés … esqueçam, não o é.

A abordagem dos realizadores Wash Westmoreland e Richard Glatzer foge por completo ao registo, que se foca nas questões clínicas, na derrocada familiar ou mesmo na luta inglória que tenta superar os limites do razoável.

Sem quaisquer artifícios, o filme acompanha os graduais constrangimentos da doença de Alzheimer, em especial as alterações de percepção, pela óptica do doente. E aqui, a Julianne Moore é fantástica. De uma forma clara, assistimos às primeiras perdas de noções de tempo e de espaço, às falhas de memória e posteriormente à perda da capacidade de reconhecer a própria casa e os seus familiares. Comovemo-nos com o discurso no congresso sobre Alzheimer, que não é mais do que um monólogo sobre o limbo entre ser definido pela doença que se tem ou pelo aquilo que se foi um dia. Seguem-se as falas mais curtas, os pequenos silêncios, a expressão vazia e o olhar parado, que acentuam a deterioração da personagem.

Emocionante e por vezes assustador … o filme vale a pena, principalmente pela forma como a doença é abordada.

Imagem retirada da Internet

12 comentários:

  1. Como é que se chama mesmo o filme? eheheheh

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  2. É daqueles que quero mesmo ver. Mas acho que vou ficar muito, muito triste.

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    1. Uma coisa é garantida, o filme faz-nos pensar como subestimamos muita coisa na nossa vida.

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  3. Adorava ver este filme. Mas deve de ser forte.
    De certeza que vou chorar..

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    1. É forte e na parte do discurso no congresso ... os clinex são indispensáveis ;)

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  4. Portanto, para ver com um lenço à mão, certo? ;)
    Vou seguir o teu conselho! Até porque trata temas de saúde, por isso tenho (quase) obrigação de o ver :P

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  5. Li uma reportagem na sábado sobre doentes com Alzheimer e tenho muito medo de um dia o esquecimento me bater à porta. Também vejo umas velhotas no sítio onde trabalho que têm a doença e é muito triste.

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    1. Também conheço vários casos. É uma doença difícil de aceitar para o doente e complicada para a família.

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  6. É um EXCELENTE filme no qual merece claramente destaque Julianne Moore.

    http://atualidadesbyclaudia.blogspot.pt/

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